Suzano irá restaurar 24 mil hectares de Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia em parceria com o BNDES

Com investimentos de R$ 250 milhões, maior projeto do Fundo Clima para florestas nativas viabilizará a recuperação de áreas degradadas em São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Maranhão, Pará e Mato Grosso do Sul

11/18/25
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Suzano irá restaurar 24 mil hectares de Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia em parceria com o BNDES

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, firmou parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para restaurar 24 mil hectares de áreas degradadas em regiões de preservação permanente e de reserva legal nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia. O acordo inclui o financiamento de R$ 250 milhões, o maior volume de recursos já aprovados no âmbito do Fundo Clima para a recuperação de mata nativa degradada no Brasil. O Fundo Clima foi criado para financiar projetos que visam a redução de emissões de gases de efeito estufa e a adaptação aos impactos climáticos.

A restauração ecológica é um processo que visa a recuperação da funcionalidade e da biodiversidade de ecossistemas transformados por atividades humanas, o que inclui terras desprovidas de vegetação nativa desenvolvida, ou em estágio de conservação inadequado para a sustentabilidade da biodiversidade local.

As ações a serem implementadas pelo projeto contribuirão para a regularização ambiental de mais de 1.000 imóveis rurais, distribuídos em seis estados: São Paulo, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Pará e Mato Grosso do Sul. O projeto impulsiona um modelo de negócios emblemático no setor de florestas, tendo a Suzano atuando como vetor de reflorestamento com espécies nativas para seus fornecedores, fortalecendo a cadeia produtiva e servindo de modelo para o setor e outras atividades econômicas.

Da área total a ser restaurada, 60% correspondem a imóveis de terceiros, parceiros da Suzano. A parceria entre a companhia e o BNDES contribuirá para a propagação de boas práticas pela capacitação de proprietários e trabalhadores rurais das áreas arrendadas e adjacências em técnicas de restauração, além da geração de empregos diretos e indiretos durante as etapas de plantio, manutenção e monitoramento e na cadeia produtiva de insumos.

“O apoio do BNDES ao nosso programa de restauração reforça a importância de parcerias entre o setor público e privado para ampliar o alcance das soluções baseadas na natureza”, afirma Malu Paiva, vice-presidente executiva de Sustentabilidade, Comunicação e Marca da Suzano. “Esse financiamento contribuirá diretamente para o avanço de algumas metas assumidas pela Suzano, como conectar 500 mil hectares de vegetação nativa até 2030”, completa a executiva.

“O BNDES tem articulado e impulsionado a restauração florestal como ferramenta crucial para combater a crise climática, reduzir emissões de gases de efeito estufa e promover o desenvolvimento sustentável, que é uma prioridade do governo do presidente Lula”, ressaltou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Benefícios ambientais

Além da regularização ambiental das propriedades, a restauração das áreas degradadas proporcionará importantes serviços ecossistêmicos para as regiões envolvidas, incluindo a recuperação da vegetação nativa, a redução de áreas com processos erosivos, a proteção de nascentes e recursos hídricos, o incremento da biodiversidade, a criação ou o restabelecimento de corredores ecológicos e a captura e fixação de carbono. Esses benefícios, além de estarem alinhados aos compromissos assumidos pela Suzano, contribuem com metas nacionais e internacionais de mitigação das mudanças climáticas e conservação da biodiversidade.  

O projeto prevê a utilização de metodologias diversas e adaptativas, combinando técnicas inovadoras, como semeadura com drones, com práticas consolidadas de restauração ambiental. A recuperação ocorrerá em áreas de solo exposto, pasto, vegetação secundária (área em processo natural de regeneração da vegetação nativa após supressão total ou parcial da vegetação original) e agricultura. Levando em conta as características da área como estágio de degradação, proximidade da vegetação nativa entre outras, serão utilizadas as metodologias mais adequadas a cada caso.

Além das ações no campo, a Suzano investirá em pesquisa florestal e inovação, a fim de aumentar a produtividade e a resiliência das florestas plantadas, além de fortalecer a cadeia produtiva da restauração florestal. Ao final do projeto, estima-se que a vegetação das áreas restauradas capture da atmosfera aproximadamente 228 mil toneladas de CO2 equivalente por ano.

O termo de aprovação do financiamento foi entregue à Suzano pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante o evento “BNDES Florestas do Brasil por Todo o Planeta”, realizado em outubro, no Rio de Janeiro.

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