Com mais de 500 famílias apoiadas, o Programa de Desenvolvimento Rural e Territorial visa fortalecer a agricultura familiar e a produção de alimentos com técnicas que integram alta produtividade e conservação ambiental
Agricultores que integram o Programa de Desenvolvimento Rural e Territorial (PDRT) da Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, em Mato Grosso do Sul produziram 4.491 toneladas de alimentos agroecológicos em 2021. O volume de hortaliças cultivadas corresponde à 22,5 caminhões hexatrens da Suzano, e a sua comercialização foi responsável por gerar uma receita bruta estimada em R$ 10,337 milhões.
O PDRT foi implantado em Mato Grosso do Sul em 2012 com o intuito de fortalecer a agricultura familiar e transformar a vida das famílias de pequenos produtores na região por meio de consultoria especializada, capacitações e acompanhamentos que vão desde o plantio até a comercialização dos alimentos. Além disso, o programa apoia as comunidades rurais em projetos para a aquisição inicial de insumos e equipamentos para a modernização dos processos e implementação da produção agroecológica, que prevê o cultivo de hortaliças alinhada à conservação ambiental, por meio do manejo sustentável com uso responsável do solo e da água. Além disso, não são utilizados defensivos agrícolas na produção.
“Atualmente, contamos com a participação de 515 Famílias de 15 associações, que totalizam uma área de 728 hectares destinados ao plantio de alimentos. Todas recebem auxílio na gestão, produção e comercialização, que são os três eixos de atuação do PDRT. O programa tem um potencial enorme e, com as retomadas das aulas presenciais e feiras livres em boa parte dos municípios, prevemos um ótimo cenário para a produção de alimentos agroecológicos e comercialização dos produtos em 2022”, conta Israel Batista Gabriel, coordenador de Desenvolvimento Social da Suzano em Mato Grosso do Sul.
No Estado, o programa tem sido um grande aliado para o fortalecimento da agricultura familiar e das comunidades do campo. Mauriney Santos, de 53 anos, é agricultora desde 2008 e participa da PDRT há seis anos. Hoje, ela conta com a ajuda da sua filha e genro no plantio. “O programa nos trouxe técnicos que nos auxiliam e, com isto, aprendemos a trabalhar melhor em mutirões”, ressalta a agricultora. Para Mauriney, a agroecologia é o diferencial do programa. “O benefício para saúde é muito grande para quem planta e quem consome, já que os produtos agroecológicos não possuem agrotóxicos. Eu planto meu milho, meu feijão e minhas frutas e a gente não fica doente”, completa a produtora.
O programa também tem mudado a vida de quem nunca havia tido contato com a agricultura, como é o caso de Maria Helena Soares Pereira, de 55 anos. Há quatro anos, com o apoio da Suzano, ela deu início à produção de hortaliças em sua propriedade. “No meu sítio, eu não plantava nada, mas a Suzano forneceu insumos, mudas e materiais de irrigação e começamos com o sistema agroflorestal. Foi um passo muito grande. Hoje, não vivo mais sem o plantio. A gente começa a plantar um pouquinho e acha que não vai dar certo, mas ver a produção e é muito gratificante. A gente vai se apaixonando. Agora, temos manga, laranja, limão... Se não fosse o apoio da empresa, eu não teria um terço do que tenho hoje”, ressalta.