
Em 21 de maio de 2025, a escolinha de surfe Onda Cidadã, localizada na Praia da Barra do Sahy, em Aracruz (ES), recebeu novos materiais esportivos que irão aprimorar as atividades oferecidas gratuitamente a 60 crianças e adolescentes, com idades entre 7 e 17 anos. Equipamentos como pranchas, boias, botas de neoprene, streps, protetores solares, coletes salva-vidas, parafinas e tendas foram acoplados à estrutura já existente. A ação contou com o apoio da Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, além das empresas Imetame e Portocel, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.
A Onda Cidadã é um dos braços do programa Saber Viver, da Associação Amigos da Justiça, que atua há anos promovendo inclusão social através do esporte na região de Barra do Riacho, Barra do Sahy e Vila do Riacho. As aulas de surfe acontecem às segundas e quartas-feiras, com fornecimento de toda a estrutura necessária, incluindo lycras de proteção solar, lanche e transporte em van.
“Mais que uma honra, é uma felicidade apoiarmos projetos desenvolvido para crianças e jovens. A Onda Cidadã é mais uma escolinha esportiva que mostra como a união entre sociedade, poder público e empresas pode gerar impactos positivos na vida das futuras gerações”, destacou Rafaela Cavalcanti, consultora de Relacionamento Social da Suzano.
Durante a entrega dos equipamentos, estiveram presentes os vereadores Jean Pedrini e Etienne Musso. Para o Secretário de Esportes de Aracruz, Sérgio Faria de Azevedo, o projeto vai além da prática esportiva: “A Onda Cidadã forma caráter, ensina valores e educa. É muito maior do que uma escolinha de surfe – é uma ferramenta de transformação social, conduzida por pessoas comprometidas com o bem comum”, afirmou.
Inclusão por meio do esporte
A coordenadora de projetos da Amigos da Justiça, Eliane Tartaglia, celebrou a ampliação do alcance do programa. “Temos cerca de 500 crianças atendidas hoje, em cinco modalidades esportivas. E o nosso foco é a inclusão. Trabalhamos para que meninas tenham protagonismo no esporte e, principalmente, acolhemos com muito carinho crianças neurodivergentes. Muitas delas, como as com autismo ou TDAH, encontram na areia e no mar um espaço terapêutico e transformador”, disse.
É o caso de Gabriel R. Alves Gama, de 9 anos, morador da Barra do Sahy, diagnosticado com autismo e TDAH. Para os pais, Rafael Gama e Milena Alves, o surfe tem sido essencial no desenvolvimento do filho. “A escola sugeriu que ele fizesse surfe, e foi a melhor decisão. O Gabriel já pratica outras modalidades, mas é no surfe que ele mais se conecta. A areia, o som das ondas e o equilíbrio na prancha têm feito muito bem a ele. Vemos uma evolução e um gosto muito maior por esse esporte específico”, contou Rafael.