Nova farinheira sustentável beneficia produtores rurais da Comunidade Cimental

Comunidade rural localizada m Mucuri, na Bahia, foi contemplada por projeto de parceria entre Suzano, FBB e CEDAGRO

9/25/25
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Nova farinheira sustentável beneficia produtores rurais da Comunidade Cimental

A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, em parceria com a Fundação Banco do Brasil (FBB) e CEDAGRO, inaugurou na manhã de terça-feira (23), a Farinheira Sustentável da Comunidade Cimental, em Mucuri, Extremo Sul da Bahia. O evento foi a culminância do projeto de desenvolvimento que levou industrialização a sete farinheiras no Norte do Espírito Santo e Extremo Sul da Bahia, e contou com a presença de autoridades municipais, produtores locais, comunidades beneficiadas, parceiros e executivos das entidades envolvidas.

Após ser totalmente reformada, a Farinheira Cimental conta agora com espaço e infraestrutura mecanizada para o processamento da mandioca, área de secagem, além de ser equipada com ralador, prensa, forno e outros equipamentos. A estrutura moderna segue um conceito sustentável, dando destinação adequada a todos os resíduos. Os rejeitos são utilizados na produção de ração para gado, adubo orgânico e fertilizante, gerando economia e desenvolvimento sustentável para a comunidade.

A produção de farinha de mandioca é tradicional na região, uma cultura mantida há gerações e um dos propulsores da economia da localidade. Com o projeto, Suzano, FBB e CEDAGRO esperam potencializar a cadeia da mandiocultura no território.

Durante a cerimônia, o presidente da Associação Cimental, Paulo Rocha, destacou a importância do investimento. "A antiga estrutura da farinheira não era adequada para o alto volume da nossa produção. Agora, esse novo prédio vai atender de forma mais eficiente e confortável as nossas necessidades. Quero agradecer as instituições que nos ajudaram com esse projeto, que tanto nos beneficia", afirma Paulo.

No Espírito Santo, uma das comunidades contempladas foi Córrego do Macuco, em Conceição da Barra. O presidente da associação, Mauro Rodrigues, participou do evento e ressaltou a importância do projeto para o crescimento da produtividade nas farinheiras e na qualidade de vida dos produtores. "A nossa farinheira foi totalmente reestruturada, o que aumentou a nossa capacidade de produção e diminuiu o esforço de mão de obra, devido aos novos maquinários. Hoje a produção de farinha tem uma parcela importante na economia da comunidade, levando dignidade para nossas famílias", afirma Mauro.

O gerente de Sustentabilidade da Suzano, André Becher, destacou que a empresa é parceira das comunidades e busca fortalecer o relacionamento ao construir, de forma participativa, soluções para geração de trabalho e renda. "Por meio dos nossos projetos com as comunidades vizinhas, buscamos promover geração de renda e fortalecer tecnicamente as farinheiras, criando oportunidades reais de autonomia financeira, qualidade de vida e empoderamento. Nosso compromisso é contribuir para a redução da pobreza e construir relações baseadas no diálogo aberto, respeito mútuo e parceria", afirma Becher.

Projeto contempla seis municípios

O investimento é uma das ações do Projeto de Incentivo ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Mandiocultura no Norte do Espírito Santo e Extremo Sul da Bahia, que foi lançado em março de 2024 pela Suzano, Fundação Banco do Brasil e CEDAGRO.

Desde o início, o investimento total dos três investidores do projeto já superou a marca de R$ 3 milhões, beneficiando diretamente seis municípios baianos e capixabas: Alcobaça, Caravelas, Mucuri e Prado, na Bahia; Aracruz e Conceição da Barra no ES; e mais de 770 pessoas, incluindo pequenos produtores rurais, quilombolas, indígenas, jovens e mulheres.

Dentre os investimentos já implantados, está a construção de sete Unidades Demonstrativas, a reforma de seis farinheiras, aquisição de uma plantadeira para a Comunidade São Francisco, plantio de 10 hectares de mandioca de cinco variedades diferentes, implantação de sete planos de negócios, entre outros investimentos.

De acordo com o gerente Executivo de Silvicultura da Suzano, Clóvis William, muitos pequenos produtores rurais e comunidades do ES e Bahia sobrevivem da prática da mandiocultura, e o projeto tem como objetivo atuar nas lacunas da cadeia produtiva com assistência técnica a agricultores, estruturação de farinheiras para o beneficiamento e inserção da produção no mercado local e regional.

"Ao estruturar as farinheiras dessas regiões, estimular o acesso a novos mercados e apoiar a organização da produção, conseguimos transformar a forma como a mandiocultura é vista. Mais do que impulsionar a atividade, estamos abrindo novas perspectivas de vida para as famílias envolvidas, com mais dignidade, oportunidades e qualidade de vida. Esses investimentos em infraestrutura, equipamentos e na melhoria dos processos produtivos são fundamentais para que o projeto avance com eficiência e gere os resultados que buscamos", completa Clóvis.

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